segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mestrado em Epidemiologia - comentários gerais

3 comentários:

  1. Olá a todos... Antes de mais peço desculpa aos organizadores do fórum por não ter escrito mais cedo, mas tem sido impossível arranjar tempo. Deixo aqui alguns comentários globais à organização geral do mestrado:
    - As instalações para as aulas foram alteradas da FMUP para o ISPUP sem qualquer aviso prévio aos alunos inscritos;
    - O horário foi divulgado para sextas à tarde e sábados, mas não foram disponibilizados créditos suficientes neste horário, inclusivamente, tivemos que escolher unidades curriculares antes de saber o horário das mesmas;
    - O desfasamento entre o ano lectivo "normal" e o ano de funcionamento das aulas, fez com que surgissem incompatibilidades com a secretaria, ou seja, foram pagas todas as mensalidades do mestrado ainda no decorrer do 1º ano de aulas e os prazos de inscrição não foram cumpridos;
    - De um modo global, maioria dos professores demoraram demasiado tempo na publicação de notas, o que fez com que não fosse possível existir uma época de recurso. Mesmo que possam achar que não reprovando ninguém, não há problema, este facto também não nos permite fazer melhorias, o que para alguns alunos é prejudicial;
    - Apesar de fazer parte do regulamento (e se calhar por isso esta reclamação é "desculpável"), os alunos só foram informados no último mês de aulas que era necessário ter aprovação a 100% das unidades curriculares para poderem passar de ano. A informação obtida em diversas alturas na secretaria da FMUP não foi esta, o que demostra alguma incoerência entre informações. Mesmo assim, esta proporção de aprovação não parece razoável. Por exemplo, um aluno que reprove numa Unidade Curricular de 4 créditos e que tenha feito 56 créditos, terá que ficar durante um ano apenas inscrito nesta unidade e terá que pagar a proprina correspondente a um ano, quando na realidade só terá cerca de 9 tardes de aulas.

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  2. Concordo com o comentário anterior. A questão do horário é muito importante. Se já sabem que é impossível cumpri-lo, dadas as várias opções de disciplinas, então devem mencionar esse facto na informação acerca do curso.

    Para além disso, estar meses à espera das notas não é correcto.

    Sugeria também que fosse enviada a correcção dos trabalhos aos alunos. Depois de vermos a nota ficámos sem saber em que falhámos. Até podemos ter tido boa nota mas nunca vamos saber o que melhorar e como melhorar. Acho que a ideia de cada um perguntar ao professor responsável não é muito viável, até porque se demoraram 3 ou mais meses a corrigir dificilmente nos vão responder. Acima de tudo é uma forma de consolidarmos as aprendizagens efectuadas.

    Por outro lado, a acumulação de disciplinas de setembro até dezembro levou à diminuição da qualidade dos trabalhos efectuados.

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  3. Gostaria de acrescentar ao que foi dito pelos colegas, que não se justifica a divisão de algumas disciplinas em tantos módulos. A divisão de uma disciplina em 3 ou 4 módulos pressupõe a realização de trabalhos para cada um deles, o que leva a que a dimensão e exigência de um trabalho de um módulo que vale 1 crédito seja semelhante a uma disciplina (não dividida em módulos) de 4 créditos.

    Será de repensar a carga horária e o trabalho exigido ao longo do ano, sobretudo em relação ao doutoramento. Obviamente que um curso de qualidade tem que ser exigente e pressupõe uma boa preparação dos alunos; e os cursos leccionados neste serviço têm qualidade científica. Disso não há dúvidas. Contudo, se se pretende a longo prazo a constante actualização dos conhecimentos por parte dos profissionais de saúde é necessário oferecer cursos compatíveis com as suas práticas profissionais. Precisamos de cursos exigentes, com qualidade mas que permitam aos alunos aprender e melhorar as suas práticas e não fazer trabalhos por fazer. Como já foi referido, é impossível responder com qualidade e motivação a todas as solicitações do curso. Não há milagres. Não se pode organizar um mestrado ou doutoramento a pensar que todos os alunos têm que se dedicar a tempo inteiro. Temos que conciliar com o trabalho e isso nem sempre é tido em conta. Mas sinceramente acho que esta questão ainda é mais grave no doutoramento. Ou seja, os cursos devem ser adaptados ao mundo laboral porque senão corre-se o risco de apenas fazer cursos de pós-graduação quem exerce a sua actividade profissional unicamente em investigação, o que eu acho que não é o desejável para o desenvolvimento científico. A prática clínica é uma mais-valia para a investigação e não pode ser desperdiçada.

    No entanto, apesar de ainda haver muita coisa a melhorar em termos organizativos, julgo que os cursos têm qualidade e constituem uma mais valia para os alunos.

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